O poderoso Odin

0din é o padroeiro dos adivinhos; com o tempo tornou-se deus da Poesia e da Sabedoria; sabe e prevê; conhece o uso das fórmulas mágicas cujos segredos lhe são familiares; é o senhor das runas, a escrita mágica dos antigos germanos. Mas nem sempre Odin foi assim, sábio e mágico poderoso;  Antes ávido por conhecer todas as coisas, quis beber da fonte da Sabedoria, onde o Freixo (Yggdrasil) mergulhava uma das suas raízes; mas Mimir, seu tio, o guardião da fonte, sábio e prudente, só lhe concedeu o favor com a condição de que Odin lhe desse um dos seus olhos. Odin encontrou na água da fonte milagrosa tanta sabedoria e poderes secretos que pôde, logo que Mimir foi morto na guerra entre os Ases e os Vanes, lhe conferir a faculdade de renascer para a Sabedoria: sua cabeça, embalsamada graças aos cuidados dos deuses, era capaz de responder a todas as perguntas que lhe dirigiam.

Depois de muitos combates, Odin tornou-se o senhor do hidromel dos poetas, licor mágico que proveria vaticínios.
0din tinha o poder de se transformar à vontade; não raro assumia formas diferentes e se misturava à vida dos mortais. Entre os favoritos do deus Odin menciona-se a raça dos Volsungs.

Entre as múltiplas aventuras do deus Odin a mais singular é a em que ele se sacrifica em honra dele mesmo: feriu-se com a lança e suspendeu-se numa árvore, onde permaneceu nove dias agitado pelos ventos; essa árvore era o Yggdrasil e nesse sacrifício ele encontrou as runas mais poderosas que existiam.

0din é a figura central do panteão germânico, o rei dos deuses; os germanos, povo dado a lutas e guerras, viam nele o protótipo da bravura, da altivez e do valor; e os escandinavos dos últimos séculos pagãos, os vikings aventureiros, terror do Ocidente cristão, foram os derradeiros a combater invocando o nome de Odin.